27/03/2008

Alimentação para as crianças

Vi hoje um programa do Odisseia chamado "A verdade sobre os alimentos" que neste episódio se dedicou à alimentação para as crianças.

É sabido que muitas crianças não gostam de vegetais. Na verdade existem 25% das crianças que são super provadores, ou seja, têm mais "sensores" nas suas línguas o que as tornam mais sensíveis a sabores amargos como têm tipicamente os vegetais.

Para ultrapassar a dificuldade dos alimentos recusados existem duas estratégias:

- Pressão dos pares
- Exposição repetida

A pressão dos pares consiste em ter crianças que sejam referências e que apreciam vegetais e dizem bem deles. As crianças são muito influenciáveis pelos seus pares, pelo que se os outros gostam eles também passam a gostar.

A técnica da exposição repetida consiste em começar a refeição pelo alimento a introduzir antes de tudo o mais. Se a criança não quiser, não se força. Mas na refeição seguinte volta-se ao mesmo alimento no arranque da refeição.
Dizem os entendidos que repetido o processo no máximo até 8 a 10 vezes o alimento passa a ser aceite e apreciado.



Um outro teste muito interessante que apresentaram neste programa foi testar qual é a verdade por trás da frase "o fruto proíbido é o mais apetecido".
Começaram por encontrar duas goloseimas que um grupo de crianças gostasse de forma igual. Depois passam a restringir uma delas e deixam a outra em "consumo livre".
Passado algum tempo as criança até guerreiam pela goloseima proíbida e findo o teste praticamente todos dizem gostar mais da goloseima proíbida do que a de "consumo livre".

Conclusão prática : se se pretende ter goloseimas acessíveis em casa, ou é para ter consumo livre, ou então as proíbições são mais prejudiciais do que benéficas porque sobrevalorizam a sua importância.



Num outro teste, demonstram que o açucar não é responsável por tornar as crianças mais activas. A partir de um certo limite o cérebro não consome mais açucar, pelo que não é este o factor que torna uma criança mais activa.



Mais um teste fantástico!
Pegaram num grupo de crianças e depois de uma manhã muito agitado deram-lhes uma refeição que tinha a quantidade que os técnicos consideravam adequada para que ficassem plenamente saciadas. Finalmente, mediram que quantidade de comida que sobrou nos pratos.

Na semana seguinte repetiram a experiência numa manhã igualmente agitada, mas desta vez colocaram no prato das crianças o dobro da quantidade da semana anterior, que tinha demonstrado ser mais do que suficiente para deixar as crianças saciadas. Novamente mediram o que sobrou nos pratos.

A conclusão é surpreendente! Na segunda semana as crianças tinham comido mais 73% de comida, o que é uma brutalidade!

Conclusão prática: quando as crianças se servem a sí próprias tiram menos comida para o prato
do que quando são os adultos a servirem-nas. As crianças conseguem avaliar melhor qual é a quantidade adequada para si (excepto na sobremesa...)



E para terminar... Come-se mais quando se come na mesa de jantar ou em frente à televisão.
A resposta é come-se mais quando se está a ver televisão porque a mente está distraída e não processa os sinais que o corpo envia a dizer que já foi comido o suficiente.

3 comentários:

amsf disse...

Vejo que está a tirar um curso intensivo de puericultura...às vezes as coisas são mais díficeis do que dizem os livros...

Unknown disse...

Também há livros a dizer que é muito difícil, mas esses ninguém os compra! :-)

MMV disse...

O blogue docedelaranja aborda temas acerca do porquê das crianças não gostam de broculos e essas coisas... Veja penso que irá ajudar a completar esta informação!