O expresso da meia noite abordou esta semana o financiamento dos partidos.
Eu sou fã deste programa, mas confesso que esta semana foi uma grande desilusão.
Estou habituado a ver neste programa especialistas sobre os assuntos ou pessoas com experiência na área.
Neste semana foram convidados muito fracos. Não só não estavam a par do assunto como ainda por cima desconheciam a lei actualmente em vigor...
O Luis Delgado até teve a lata de dizer que não conhecia a Lei. E então ler a lei antes de ir a um debate televisivo...
Chegaram mesmo a sugerir que a lei portuguesa passasse a ter um registo rigoroso dos donativos, coisa que não só já existe, como a nossa legislação tem a obrigação dos donativos serem feitos por via bancaria (cheque ou transferencia) para garantir a origem.
Por outro lado, os convidados só falavam de generalidades e suposições sem qualquer conexão palpável com a realidade.
Falavam de riscos e de voltar ao financiamento pelas empesas, o que considero ser um retrocesso.
As empresas são dos sócios e não dos gestores. As empresas têm interesses, mas não têm opinião política unica porque são pessoas colectivas. Os sócios podem apoiar os partidos que entenderem...
Que convidados tão maus! Horrível! Será que as pessoas que podiam dizer coisas interessentes não estavam disponíveis para aceitar o convite por receio dos processos em curso da Entidade das Contas do Tribunal Constitucional? Ou será que quem fez os convites fez asneira?
24/02/2008
Expresso das 24h - Financiamentos dos partidos
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2 comentários:
Infelizmente os crânios que ouvimos nas televisões só o são quando nós próprios somos uma tábua rasa na matéria em apreço. O Nuno Rogério impressiona muita gente porque os espectadores ignoram as temáticas internacionais. O que ele debita é na maior parte das vezes propaganda que ele vai beber em publicações da especialidade e nos congressos internacionais que frequenta a custo zero. Congressos que visam formar fazedores de opinião de acordo com os interesses das elites mundiais. São pessoas destas que fazem a nossa opinião pública que é facilmente manipulável pois só se interessa pelos assuntos quando se tornam moda. Num conflito a primeira vítima é a verdade.
O Duarte desta vez não se deslumbrou com os convidados simplesmente porque já foi mandatário financeiro. Ao Duarte só faltou tirar as devidas conclusões: esses comentadores, pela sua oratória, conseguem convencer 99% dos espectadores, os quais correspondem àqueles que pouco ou nada sabem sobre a temática em apreço.
Meu caro,
Não me tenho em tão má conta quanto à capacidade de avaliar a capacidade dos entrevistados, mesmo conhecendo muito menos sobre as matérias em debate do que neste caso.
A verdade é que de entre os convidados apenas um já foi mandatário (do PS-Lisboa nas últimas autárquicas).
Não havia ninguém da Entidade das Contas do Tribunal Constitucional.
Ninguém parecia ter grande experiência ou conhecimento sobre o que falava.
Enfim... O Luis Delgado e o Nuno Rogeiro são claramente uns fala barato em serviço de interesses...
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