Achei muita piada ao comentário do Luís Filipe Malheiro (LFM) do artigo sobre os blogs do DN-Madeira (ver post anterior). Manifestou a sua mágoa perante as opiniões expressas na blogosfera por pessoas que “andam entre nós” e “entram e saem de instituições que depois criticam cumprimentando pessoas que enxovalham”.
A experiência do LFM com o seu blog é muito reveladora da natureza do regime político que se vive na Madeira.
No exercício da sua liberdade, o LFM fez uma coisa rara no laranjal da Madeira: dar a conhecer a sua opinião sobre diversas matérias, pisando mesmo várias vezes a linha ao dar opinião sobre assuntos onde ainda não havia posição oficial do partido. Fê-lo de forma muito suave e sempre com paninhos quentes reafirmando sempre que era apenas a sua opinião…
Também no exercício da sua liberdade, o PSD-Madeira mandou-o calar, quer nos comentários semanais na RTP-Madeira, quer no seu blog. E o LFM, no exercício pleno da sua liberdade individual cumpriu com o que o partido lhe pediu/ordenou/solicitou/… [escolha o verbo que mais lhe agradar…]. Este é um exemplo prático de liberdade de opinião na Madeira.
Mas no pequeno comentário ao assunto dos blogs do artigo do DN-Madeira, o LFM dá também a conhecer o resultado da sua livre expressão de opiniões na Madeira… “ganhou muitas inimizades”… tantas inimizades que na primeira oportunidade foi convidado a deixar o cargo de secretário-geral adjunto do PSD-Madeira. Não há nisto nada de anormal… foi o presidente do seu partido na sua liberdade de escolha dos colaboradores mais próximos…
LFM queixa-se daqueles que “entram e saem de instituições”, porque lá têm muitos interesses ou porque lá trabalham… Pessoas que se atreveram a ter opiniões próprias como ele e a expressa-las publicamente… a lata dessa gente…
Mas é uma pena que o ultraperiferias passe a ser politicamente inerte. Mas se isso acontecer ao menos o LFM fica com mais tempo para trabalhar como chefe de gabinete do Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira. Os madeirenses ficam sempre a ganhar… :-/
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